segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ateliê de pintura ajuda idosos a combater Mal de Alzheimer

Pois é, hoje estou mais que nunca, inconformada com a dureza do coraçao de minha mae. Estive falando com minha irma neste final de semana, nao acredito que a mae esteja com Alzheimer, por mim levaria a outros médicos, pois embora ela tenha o esquecimento e alguns sintomas típicos da DA, a maioria das coisas que ela faz hoje, tipo birra, fazer exatamente oque sabe que todos nao suportam que ela faça, tocar no ponto-nevrálgico de cada filho, ou seja, cutucar naquilo que ela sabe que fere e machuca com mais intensidade, enfim...isso pra mim nao é DA. E pior que nós sempre ficamos com aquela sensaçao de culpa, de incompreensao, sensaçao de que somos os piores filhos do mundo. Mas eu estou me esforçando para superar essa sensaçao horrível que me acompanha sempre, desde que estou vivendo aqui com ela....e vou "cair fora" daqui. Já estou buscando outro lugar pra morar. Claro,nao vou abandonar, vou ficar por perto, continuar cozinhando pra ela (que por sinal é tao bem cuidada que já engordou mais um pouco...), mas quero - e necessito - ter meu espaço, minha vida. Senao eu morro e ela continua, firme e forte. Sempre se recusando a fazer qq coisa que possa beneficiar alguém... ou a ela mesma.
Mas voltando ao post... hoje resolvi ler tudo que eu possa encontrar, pra ver se encontro explicaçao para as atitudes da mae... e estou encontrando coisas interessantes, que na verdade nao tem nada a ver com ela, mas que poderá ser util a outros cuidadores ou portadores.

Aqui vai:

da Redação do pe360graus.com (05/janeiro/2008)

Um ateliê de pintura mostra que a arte pode ser uma forte aliada no combate às doenças degenerativas da terceira idade. São 15 idosos contando com umas equipe multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida e se ressocializarem.
Em 2001 dona Maria da Glóriam, atualmente com 82 anos, começou a ter problemas com a memória. Esquecia nome de parentes e, em pouco tempo, esqueceu como realizar tarefas simples, como cozinhar. Foi nesse momento que seu filho, o artista plástico Monteiro, procurou a ajuda de especialistas.
“Minha mãe estava na cozinha, com o prato de carne na mão sem saber o que fazer. Procurei especialistas e me falaram que a arte poderia ser a soluçai para o problema dela”, contou Monteiro, um dos instrutores do ateliê, que conta ainda como neuropsicólogos e nutricionistas.
Os poucos, os desenhos de dona Maria deixaram de ser abstratos, como os de uma criança do maternal e ganharam traços mais firmes. O convívio com pessoas da mesma idade e com metas em comum fez os problemas de saúde regredirem e trouxe aos idosos uma nova perspectiva de vida.
“Voltei a pensar na vida” declarou dona Maria. Assim como ela, os demais membros da terapia aprendem todo dia a partilhar, a conviver, e claro a pintar de forma alegre. “Esse espaço é importante para eles, pois podem criar novos vínculos, e promover a ressocialização deles. Com isso, o risco de serem acometidos por doenças com Mal de Alzheimer diminui consideravelmente”, contou a neuropsicóloga Ana Cristina Taunay, também funcionária do ateliê.

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