segunda-feira, 17 de maio de 2010

Visitando a geriatra..

Fomos à geriatra hoje.
Esclarecemos tudo que tem acontecido e ela agora passou um antidepressivo pra mãe, bem fraquinho, pra ver se o humor fica um pouco mais equilibrado.
Lamentavelmente falamos tudo que tínhamos que falar ali, na frente dela... e ela não teve reação alguma. Por um momento achei que ela estava ficando triste, que poderia chorar - afinal desfiávamos uma lista toda de problemas, mas não. Quando ela disse qq coisa, foi que "as filhas acham que eu tenho que comer como elas comem". Dra. Paula nos orientou a "mudar o foco" da mãe pra esse assunto (alimentação).Vamos ter que ter criatividade para que ela possa comer alimentos de qualidade, mesmo que seja em horários esquisitos.
Hoje meu irmão voltou pra casa dele e estamos sem saber porque isso aconteceu, assim repentinamente.Ontem ele encontrou a mãe "dançando lambada" na frente de televisão, com uma foto do pai junto ao peito (o pai morreu há mais de 36 anos). Será que foi esse o motivo? ele ficou muito abalado.
Bem, seja lá oque for, temos que contratar alguém urgentemente pra cuidar da mãe. A ideia do "day care" está sendo descartada, melhor ter alguém dentro de casa, acho que a mãe se sentirá mais tranquila.
Está dificil...mas aos poucos iremos nos entendendo e a mãe vai continuando sua vida da melhor maneira possível.

Continue a leitura…

visita à geriatra...

Digite aqui o resumo do post Digite aqui o resto do post

Continue a leitura…

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O mundo está caindo sobre nós...

Ou já caiu e só agora estamos nos dando conta disso. Tá complicadíssimo. Até março, quando do meu último post, as coisas estavam relativamente bem.Nesse dia comentei que ao voltar da Paraiba eu encontrei a mãe muito debilitada...e claro, não era por saudade de mim não. Ela realmente deu uma "piorada" violenta. Está pesando uns 35/36 kg no máximo. Não come, embirra, enfim...se deixar só come arroz e ovo. Eu levo o almoço pra ela...deixava que fizesse o arroz e o feijão, pra se sentir útil e eu providenciava as misturas - carnes, saladas, legumes e verduras cozidas. Eu moro no apto. debaixo do dela, telefonava dizendo que estava subindo e quando lá chegava, eis que ela estava terminando de comer, oque? arroz e ovo frito. Uma tarde de domingo passou mal, fraqueza - levamos ao hospital do convênio, recebeu bastante soro e saiu "novinha em folha". A alegria durou uma semana e a rotina voltou. Agora pegou uma mania - ou desenvolveu mais uma característica da enfermidade, não sei. Mas não pode ver os filhos reunidos,ou os netos...ela se afasta, deita e como afirma minha irmã, "se finge de morta"...Pode chamar, gritar, fazer oque quiser... ela demora pra "acordar" e responder. Ou então diz que está passando mal do estômago...ou qq outra coisa. Desde que chame atenção. Na verdade, ela tem uma saúde ótima...tudo perfeito: colesterol, pressão, triglicerides...não tem infecção urinária, nenhum mal físico. Só a memória mesmo é que está cada dia pior. Nos últimos 15 dias está realmente um horror. Passa a maior parte do tempo dormindo. Só se alimenta porque eu subo toda hora com alguma coisa diferente - bolo, sustagem, vitaminas, sopas, etc e tal. Come tão pouco, tão pouco que dá desespero. Outro dia conseguiu almoçar metade de uma almôndega e só. Nós os filhos estamos totalmente perdidos. Meu irmão está novamente passando um tempo com ela, mas trabalha o dia todo e só volta à noite...pelo menos ela tem companhia à noite. Eu continuo subindo a escada a cada hora. Ela já não sai mais sozinha pela rua, só quer ficar deitada. A zeladora do prédio, que a conhece há 5 anos outro dia me contou que a encontrou outro dia há uns 20 m. de casa, totalmente perdida, falando sozinha "onde estou?onde estou?" e virando em volta. Ela a levou até o apto. mas a mãe não a reconheceu, perguntou quem era ela e onde morava. Depois outra vizinha disse que a mãe bateu na porta dela dizendo que era pra me chamar em casa que ela não estava bem. A vizinha veio até o meu apto. mas eu havia ido até a padaria...voltei em seguida e a vizinha me disse que perguntou à mãe se tinha algum telefone que pudesse me chamar. A mãe disse a ela que não, que ninguém dá o telefone pra ela e que ela também não tem telefone em casa...Puro delírio, ela tem tudo bem detalhado em lugar de facil acesso...e claro, tem telefone na cabeceira da cama.
Bem, a familia - meus irmãos e eu, estamos totalmente sem saber como agir ou oque fazer: pagar para alguém ficar com ela, não é possível. Nem a faxineira que ela conhece há 15 anos ela quis mais...a moça faz a faxina quando a tiramos de casa. Asilo, nem pensar, ela ainda tem muita lucidez e isso seria enviá-la pra morte. Pensamos e encontramos, depois de muita busca, uma casa de repouso ótima, que trabalha com o sistema "day care". Não é tão barato, mas pensamos em levá=la pelo menos duas vezes por semana para poder ter contato com pessoas da mesma idade e onde há fisioterapeuta e terapeuta ocupacional...Mas ela cismou que a queremos internar e avisou que vai fugir e que ninguém mais saberá dela.
Pessoa difícil ela sempre foi... agora está impossivel.
Que fazer? qual a melhor opção? como não sentir culpa?? (pq seja lá o que façamos, parece sempre que não é o mais certo)...
enfim, vamos esperar pra ver.
Semana que vem a levarei para o day care e ficarei junto todo o tempo necessário para que ela se adapte.
Ufff.

Continue a leitura…