quarta-feira, 2 de julho de 2008

02 de julho 2008 (continuaçao)

Hoje ela queria dinheiro, pois estava sem nada e ela nao gosta de ficar sem uns trocados, que segundo ela, podem ajudar numa emergencia. E tem razao, né? Entao resolveu preencher um cheque, dizendo que já que iríamos até a Farmácia de Alto Custo, poderíamos passar no banco onde ela tem conta, que era bem pertinho. Expliquei que nao seria possível: a Farmácia fica no Glicério e a agencia bancária fica perto do Museu do Ipiranga. Bem, ao preencher o cheque, ela começou pela assinatura. Eu comentei que apesar da idade a letra dela continua bem bonita e entao ela respondeu: bem, ainda nao esqueci o meu nome, já é alguma coisa... mas de vez em quando fico pensando...oque será que eu tenho que escrever depois do F.? (F é a inicial do sobrenome de solteira - ela assina Leonor F. Salvador). Fiquei triste, percebo que logo mais ela estará esquecendo isso também. Preencher o cheque é outra história: ela nao preenche, mas hoje eu a incentivei a preencher, dizendo que ela conseguiria e eu iria dizendo oque escrever e assim foi. Pra ela, uma vitória. No caminho de volta ela quis tomar sorvete. Paramos num bar, escolhemos e entao eu disse: olha, o caixa é alí, vai pagando enquanto eu tiro o papel do meu picolé (fiz para testar). Ela se recusou, me deu o dinheiro e falou que eu pagasse...Saímos dalí e entao eu disse a ela que isso é prejudicial a ela mesmo. Uma vez que eu esteja junto, ela pode fazer pequenas coisas que eu estarei sempre perto para cuidar e ajudar... Vamos ver na proxima vez. Subíamos a Lins de Vasconcelos a caminho de casa e de repente ela disse que conhecia aquela rua, mas nao lembrava o nome. Eu também nao disse...quando chegamos na esquina eu perguntei a ela se havia se lembrado. Nao, nao havia... entao eu a orientei a ler a plaquinha com o nome da rua...Eu tenho convicçao que assim estou ajudando, pois limito a dependencia dela. Ela se acostumou que sempre alguém fazia as coisas pra ela...mas eu quero ver, na medida do possível, claro... mudar esse quadro de dependencia total. Há muitas coisas que ela pode resolver sozinha (claro, com minha discreta supervisao).
bem, logo mais a terceira e última parte de hoje.

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