segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

22 de janeiro de 2008

Finalmente me dispus a iniciar este blog. Venho pensando nisso há uma semana, mas acho que inconscientemente ainda não aceito a verdade: o diagnóstico médico para a enfermidade de minha mãe. Alzheimer. Inacreditável, isso não existe na família. Quer dizer, tive uma tia que ficou muito esquecida e deu trabalho, mas... nunca ninguém comentou sobre isso. Mas a minha mãe sim, ela tem a enfermidade...ainda que me pareça absurdo.
Lendo num site de ajuda a cuidadores (não me recordo o nome agora, mas assim que me lembrar anoto aqui), vejo que realmente ela apresenta muitos dos sintomas. A médica geriatra que cuida dela pelo Convênio, ao ser questionada por mim ainda no mês de outubro, disse que eu não me preocupasse. Os esquecimentos e o início da depressão seriam só coisas da idade, mas que retornássemos em janeiro próximo para acompanhamento. Não deu outra. A Dr. Paula fez vários testes, uma vez que minha irmã relatou a ela oque estava acontecendo: o fato de minha mãe guardar as coisas cada dia num lugar diferente e nunca as encontrar, as interrupções às conversas, feitas com brincadeiras sem sentido, enfim, atitudes estranhas.

Agora uma batelada de exames. Já foram realizados, só falta o resultado sair... lá pelo dia 4 ou 5 de fevereiro.
Mas a partir do momento que sei do diagnóstico, passo a observar... e me entristecer... ou me irritar, muitas vezes. Sim, porque parece que certas coisas ela faz de propósito. Não dá pra acreditar que seja sem pensar. Mas vou me armando de paciência. Sei que não será fácil.

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